expr:class='"loading" + data:blog.mobileClass'>

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Cia. Docas recebe aporte de R$ 17,5 mi

Os recursos foram liberados, na noite de ontem, pelo ministro dos Portos, o economista cearense Pedro BritoEnquanto se prepara para dar início às obras de dragagem do Porto do Mucuripe, previstas para a próxima segunda-feira, a Companhia Docas do Ceará (CDC) recebeu, ontem, notícia de liberação, pelo ministro dos Portos, Pedro Brito, de R$ 17,5 milhões.

Liberado por meio de decreto presidencial, assinado em 14 de setembro último, os recursos foram destinados para aumento de capital social da CDC e para aplicação em benfeitorias na estrutura do porto de Fortaleza.Entre as obras, já em curso, que serão contempladas com os recursos, estão a adequação na pavimentação do porto, a implantação do novo sistema de combate a incêndio, construção de armazém de carga geral e a instalação de tomadas para contêineres frigoríficos.

O dinheiro irá viabilizar, ainda, a aquisição de armazém estruturado removível e a implantação de novo sistema de defensa e modernização do sistema de iluminação elétrica do terminal.ExpectativaAlém disso, estão previstos estudos e projetos para a racionalização da operação portuária e de proteção ao meio ambiente, o que deverá absorver outros R$16 milhões.

A maior expectativa, no entanto, está na liberação de R$ 60 milhões para implantação do terminal para movimentação de contêineres e de mais R$ 105,9 milhões, à construção de terminal marítimo de passageiros, do cais/berço de atracação para navios transatlânticos, à pavimentação e urbanização de acessos e estacionamento na área portuária, tudo com vistas à Copa do Mundo de Futebol de 2014.

Tais recursos estão previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC- 2), o que só deverá ser definido nos próximos meses.DragagemOrçada em cerca R$ 54,6 milhões, já assegurados pela Secretaria dos Portos, a dragagem do Porto do Mucuripe vai aprofundar o canal, que hoje varia de 10,5 a 11,5 metros, para 14 metros, alargá-lo de 100 para 160 metros, e ampliar a bacia de evolução em 100 metros.

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com

Investimento nos portos

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) começa segunda-feira uma espécie de censo nos grandes portos do País. O trabalho vai começar pelos 15 principais portos brasileiros, mas até o fim do ano deverá cobrir todo o sistema portuário nacional. As informações coletadas por técnicos da universidade vão compor um plano emergencial, que será entregue à Secretaria Especial de Portos (SEP), ligada à Presidência da República.

O plano irá prever um conjunto de ações para sanar ou reduzir restrições existentes nos portos. O objetivo é melhorar as condições do fluxo do comércio exterior em um período de três anos. As ações estarão voltadas para atividades como gestão, economia portuária e finanças, operação, logística e áreas de influência do porto, ambiente e planejamento.

O plano emergencial a ser entregue à SEP faz parte de uma estratégia maior que passa por estruturar um Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP) para os 35 portos do país em um horizonte de 20 anos. O trabalho deverá indicar o que o sistema portuário do Brasil precisará para atender ao crescimento do comércio exterior, disse Fabrizio Pierdomenico, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Portuário da SEP. A ideia do plano é dar uma visão do sistema portuário até 2030.

O PNLP será elaborado pela UFSC por meio de um termo de cooperação assinado com a SEP, em março deste ano, e que prevê o repasse de R$ 30 milhões pelo governo à universidade. Os recursos permitirão contratar técnicos, consultores e elaborar os estudos. O porto de Roterdã, na Holanda, considerado referência internacional, está atuando como consultor na parte do projeto, que trata da elaboração de planos diretores para os 15 principais portos.

Os 15 portos são Rio Grande (RS), Itajaí (SC), Paranaguá (PR), Itaguaí e Rio de Janeiro, ambos no Rio, Vitória (ES), Salvador e Aratu, na Bahia, Suape (PE), Mucuripe e Pecém, no Ceará, Itaqui (MA), Vila do Conde e Santarém, no Pará. O porto de Santos, que faz parte da lista, terá seu plano diretor revisto.

Além de elaborar o PNLP e os planos diretores, a UFSC também vai trabalhar na capacitação de pessoal das autoridades portuárias nos Estados e na montagem de uma base de dados que inclui um sistema de georeferenciamento, utilizado para indicar os melhores portos para as cargas, dependendo da origem.

O plano emergencial previsto para ser entregue ao governo até dezembro vai atacar questões comuns aos portos. "A tendência é termos ações estruturadas que resolvam problemas semelhantes em muitos portos ao mesmo tempo", disse Danilo Ramos, coordenador-geral do PNLP na UFSC.

Ramos disse que as ações do plano emergencial serão apoiadas não só nos dados coletados no censo portuário, mas também por informações "secundárias" encontradas em estudos e relatórios sobre o setor. Ele informou que estão previstas reuniões com associações e entidades de classe com interesses nos portos para determinar o que deve ser prioritário em termos emergenciais.

Para Pierdomenico, pensar o sistema portuário a longo prazo significa olhar a vocação de cada porto, analisar os tipos de carga e suas diferentes origens e ver quais serão os portos mais demandados. Um dos pontos que o PNLP vai estudar é a capacidade dos portos em termos de movimentação de cargas. O secretário afirmou que a SEP tem uma estimativa sobre a capacidade de movimentação, mas não quis antecipar o número, que será indicado pelo plano.

Quando estiver pronto, o PNLP vai indicar qual será a capacidade instalada necessária para os portos brasileiros daqui a 20 anos. Hoje é difícil obter dados precisos sobre a capacidade total de carga dos portos brasileiros. Há previsões sobre a movimentação.

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) prevê que este ano os portos e terminais privativos deverão movimentar 760 milhões de toneladas de cargas, volume 3,8% maior do que em 2009. O volume será inferior aos 768,3 milhões de toneladas de 2008.

Fonte: Valor Econômico