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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Audiência Pública do Portus ocorrerá nesta quinta-feira (8), no Senado


Portuários de todo o país participarão de audiência pública na Comissão Nacional de Direitos Humanos, no Senado, nesta quinta-feira (8), às 9hs, em Brasília, para debater uma solução para o Portus, previdência complementar da categoria que enfrenta problemas de falta de recursos para pagar benefícios dos participantes.

Antes da audiência está prevista uma passeata dos assistidos, participantes e pensionista que irão sair da Torre de TV às 7hs, percorrer o Eixo Monumental e a Esplanada dos Ministérios até o Senado. Mais de 500 trabalhadores participarão do encontro.

O requerimento para realização da audiência foi apresentado pelo presidente da comissão, senador Paulo Paim (PT-RS) que atendeu pedido do presidente da Federação Nacional dos Portuários (FNP), Eduardo Guterra.

Devido a inadimplência das patrocinadoras, o Portus, sob intervenção desde agosto de 2011, tem dificuldade de pagar os benefícios dos cerca de 11 mil assistidos e pensionistas, incluindo os dependentes  são mais de 30 mil pessoas.

O fundo é credor de dívida de R$ 4 bilhões, a União deve 1,2 bilhão, como sucessora da Portobrás, empresa extinta em 1990 sem fazer o repasse de contribuição.  Aproximadamente 3 R$ bilhões é referente  a falta de repasse de contribuições normais e da reserva técnica de serviço anterior (RTSA), pelas patrocinadoras (companhias Docas). 

Em 2008, o então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva autorizou o repasse de R$ 400 milhões para dá fôlego ao Portus, desse valor R$ 150 milhões estão pendentes.

O fundo vem vendendo patrimônio para honrar com os compromissos previdenciários. Segundo o presidente da Federação Nacional dos Portuários (FNP), Eduardo Guterra, caso governo federal não repasse recursos até dezembro, não há como pagar o 13º dos beneficiados.

Para a audiência são esperadas as presenças do ministro da Secretaria de Portos, Leônidas Cristino, ministro da Previdência e Assistência Social, Garibaldi Alves Filho, ministro do Trabalho, Brizola Neto, secretário-geral da presidência, Gilberto Carvalho, o diretor da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq), Pedro Brito, entre outras autoridades.

O que – Audiência Pública sobre o Portus
Quando – 8 de novembro de 2012 às 9hs
Onde - Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado, em Brasília



Por Adriana de Araújo, assessora de comunicação da FNP
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 (61) 3322-3146

Liquidação do Portus não está no radar, diz Previc


A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) não trabalha com a hipótese de liquidação do Portus, o fundo de pensão complementar dos portuários. O Portus atende quase 11 mil pessoas entre ativos, assistidos e pensionistas.

"Não trabalhamos com a hipótese de liquidação. O intuito da intervenção é recuperar o plano de benefícios", disse a assessoria, sem explicar a estratégia do governo para socorrer o instituto.

Sob intervenção há mais de um ano pela Previc, o Portus tem visto suas reservas minguarem sem uma solução aparente. Em setembro, as reservas conseguiam cobrir 7,5% dos compromissos com os participantes, quase metade da capacidade de agosto de 2011, quando a intervenção foi decretada.

"As reservas, desde a intervenção, sempre representaram pequena parcela do total dos compromissos. Elas não se deterioraram durante a intervenção, esta situação vem desde antes da decretação do regime especial", disse, em nota, a Previc, ligada ao Ministério da Previdência Social.

A difícil situação do Portus será debatida pelo Senado, em Brasília, no próximo dia 8. A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa fará uma audiência pública para esmiuçar a condição do instituto, que se diz credor de uma dívida de R$ 4 bilhões. Sobre o futuro dos participantes caso a liquidação seja decretada, a Previc disse que, como em "qualquer plano de benefícios, o liquidante nomeado, conforme determina a legislação, tem amplos poderes de administração, representação e liquidação, devendo organizar o quadro geral de credores, realizar o ativo e liquidar o passivo".

O Portus tem 14 patrocinadoras. Somente a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e a Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) respondem juntas por 82% das dívidas das patrocinadoras, cujo total é de R$ 2,8 bilhões, segundo o Dieese. Além desse valor, o Portus é credor de R$ 1,2 bilhão referente à retirada do patrocínio da extinta Portobrás - estatal que planejava a política portuária brasileira até a década de 1990.

A possibilidade de liquidação do Portus ocorre no momento em que o governo elabora um pacote para o setor portuário que pretende desidratar a presença estatal na administração de portos públicos.

Fonte: Valor Econômico