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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

SRTE-BA interdita Porto de Aratu

Na última quarta-feira (21.09), no período da tarde, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-BA) interditou o Porto de Aratu-Candeias por não apresentar segurança para os trabalhadores e trabalhadoras que operam em suas áreas. Para tanto, foi solicitada a solução dos problemas nos Terminais de Granéis Sólidos (TGS) dos píeres I e II. O que representa, seguramente, mais de 90% das operações paradas no porto citado, pois a operação ficou restrita aos navios que possuam equipamento próprio para carga e descarga.

Até que os problemas apontados pela SRTE-BA não sejam resolvidos, fica proibida a utilização dos equipamentos pertencentes à CODEBA. Dentre as irregularidades apontadas estão a má conservação dos aparelhos e das áreas de carga e descarga e o seu mau funcionamento. A relação dos problemas e das medidas a serem adotadas foi entregue a Companhia Docas do Estado da Bahia (CODEBA), Autoridade Portuária proprietária da área e responsável pelas providencias necessárias.

Caso fossem tomadas providencias preventivas, a interdição não seria necessária. O assunto segurança vem sendo debatido, exaustivamente, no Conselho de Autoridade Portuária (CAP), que tem suas reuniões mensais. O CAP é formado por quatro blocos: Bloco I – Governo Federal, Governo Estadual e Governo Municipal; Bloco II - operadores portuários e armadores (donos de navios); Bloco III – trabalhadores; Bloco IV – usuários do porto. Conclusão, o problema foi previsto e deveria ser evitado.

A segurança no trabalho é primordial em qualquer ambiente laboral, ainda mais no porto onde os acidente, em 95% dos casos, causam sérios danos à saúde e até a perda de vida dos (as) trabalhadores (as).

O problema criado afeta não só a economia do Estado, mas também a do país. Em situação normal, o movimento no porto de Aratu-Candeias já é grande, com filas de navios à espera de atracação, pois o citado porto é o maior do Brasil na movimentação de granéis sólidos, líquidos e gasosos. Por ele são movimentados produtos dos mais variados tipos, desde minérios até produtos químicos já industrializados.

Sofrerão também os trabalhadores (as) avulsos (as), pois estes (as) ficarão, enquanto durar a interdição, sem seu mercado de trabalho pleno, tendo reduzido os seus respectivos salários.

Quando o governo perceber que porto é sinônimo de economia saudável, quem sabe a situação melhore. Até lá, a comunidade portuária continua sofrendo com ingerências políticas nas Cias. Docas brasileiras de forma continuada. Pessoas “caindo de paraquedas” em cargos de direção e chefia, e em quase 100% dos casos, com nenhum conhecimento da atividade portuária.

Situações como a do porto de Aratu-Candeias mostra a urgente necessidade de se profissionalizar, não só os/as trabalhadores (as) comuns, como também os ocupantes dos cargos de mando. Seria muito mais econômico para os cofres do país que se privilegiasse os quadros de profissionais de carreira das Cias. Docas do Brasil.

Assessoria de Imprensa SUPORT-BA

Fila de caminhões para Codeba causa congestionamento na Cidade Baixa

Fila de caminhões impede o tráfego de veículos na Cidade Baixa
Fila de caminhões impede o tráfego de veículos na Cidade Baixa

Uma fila com cerca de 270 caminhões na entrada da Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) causa confusão e trava o trânsito na Cidade Baixa, desde o Comércio até as imediações do Largo de Roma. O impasse começou no final da tarde de ontem, quando um caminhoneiro teria sido impedido de entrar no porto, travando a entrada dos veículos que vieram depois.

Quando os motoristas chegam ao porto, recebem uma etiqueta para entrada no pátio após passar por uma triagem com a empresa Tecon. A etiqueta deve ser entregue ao guarda portuário. O caminhoneiro Alberto Borges, de 38 anos, reclama do mau atendimento do guarda portuário que, por volta das 18h15 teria se recusado a receber a senha. “Ele não quis receber, o que seria sua obrigação, e eu também não desci para entregar. Por conta disso, a minha entrada foi proibida”, disse.

Borges não retirou seu veículo do local e os caminhoneiros que chegaram em seguida decidiram apoiar o colega, incluindo no protesto outras reivindicações da categoria. Na fila, os motoristas reclamaram da falta de infraestrutura e do mau atendimento no porto. Segundo eles, há muita sujeira, faltam banheiros, bebedouros e salas de espera. Todos aguardam a carga e descarga a céu aberto.

Alguns veículos levam cargas perecíveis. O motorista José Rogério Ferreira, de 50 anos, diz que está na fila há 16 horas com uma carga de uva no valor de mais de R$ 70 mil. “Cheguei ontem às 18h e já encontrei o bloqueio. Provavelmente, a carga já está estragada, eu deveria voltar para Petrolina, de onde vim com a carga, ontem mesmo”, disse.

O diretor de infraestrutura e gestão do porto, Renato Neves Rocha, reconheceu que o local precisa de ajustes, mas que estes não podem ser feitos no momento. "A gente não pode mexer agora porque o projeto da Via Expressa vai modificar toda essa área", disse. Ainda segundo Rocha, 80% da carga do porto vem em contêiners e os caminhões vêm sempre no mesmo horário, o que causa sobrecarga. De acordo com ele, a Tecon tem um projeto de informatização e agendamento da triagem via internet para facilitar o serviço, mas não há previsão para implementação.

Trânsito – Por conta da fila de caminhões que se dirigem à Codeba, parte da pista fica ocupada, o que causa um grande congestionamento em toda a região. Alguns ônibus não trafegam pela via, obrigando os passageiros a seguirem a pé.

A agente de creche Lúcia Marezo andou da Boa Viagem até o Comércio por conta do congestionamento. “Acho que o protesto tem que ser feito, mas sem prejudicar a população”, reclamou. Outro pedestre, que preferiu não se identificar, também reclamou do congestionamento. “É válido, mas a população fica prejudicada”, disse.

O supervisor da Superintendência de Trânsito e Transporte de Salvador (Transalvador), Nilton Reis, afirmou que a fila de caminhões segue até o Lobato, com congestionamento na Suburbana, Periperi, Jequitaia, atingindo também a Bonocô, o Iguatemi e a Paralela. Apenas na região da Codeba, 20 veículos foram multados por estacionar em fila dupla. A autarquia recomenda que os motoristas tenham paciência, já que as vias alternativas também seguem engarrafadas.