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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Trabalhadores do setor de transportes estão preocupados com terceirização nas obras do PAC

Trabalhadores do setor de transportes estão preocupados com terceirização nas obras do PAC Caroline Aguiar de Brasília


Os trabalhadores das rodovias, ferrovias, aeroportos e portos estiveram em Brasília para participar do seminário da Confederação Nacional dos Trabalhadores de Transportes (CNTT), que terminou nesta terça-feira (26). O objetivo do encontro foi tratar de problemas comuns a todas as áreas e discutir os impactos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nas condições de trabalho. A grande preocupação evidenciada no encontro foi com as obras do PAC, com grande número de terceirização que leva à precarização do trabalho.

O presidente da CNTT, Paulo Estausia, admitiu que a demanda de cada setor é bastante diferenciada, mas garantiu que, em muitos casos, os trabalhadores podem se unir para lutar. “A volta da previdência especial e o pedido pelo fim do fator previdenciário são questões comuns a todos os trabalhadores de transportes”, enumerou o presidente.

Ele também se mostrou bastante preocupado com a contratação de terceirizados e com a privatização de estatais. “O governo precisa parar com essas contratações de terceirizados, pois isso é uma forma de precarização do trabalho. Não dá para a pessoa trabalhar ao lado de outro funcionário que tem a mesma função e receber menos. Os terceirizados não têm estímulo para executarem bem o serviço”, afirmou Paulo.

O fim das terceirizações também seria uma forma de garantir a oferta de emprego. “É função dos sindicatos darem certeza de que haverá emprego, por isso lutamos por mais concursos públicos. Eles poderão melhorar o serviço público e a qualidade de vida das pessoas”, argumentou o presidente da CNTT.

A organização se colocou completamente contra as privatizações anunciadas pelo governo de Dilma Rousseff, principalmente no setor aeroviário. “Querem privatizar apenas os aeroportos rentáveis. E os outros que se sustentam dos aeroportos maiores como vão ficar? A Infraero é extremamente lucrativa e o governo não pode abrir mão do seu patrimônio”, advertiu.

Já o presidente da Federação Nacional dos Portuários (FNP), Eduardo Guterra, apresentou como maior preocupação a gestão portuária. “É preciso profissionalizar a administração dos portos, não podemos deixar que esses cargos sirvam de moeda de troca entre governo e empresários”.