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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Portus está sem caixa


Com o objetivo de  pressionar o governo, no próximo dia 8  integrantes do fundo participarão de audiência pública no Senado

Caso o governo não repasse R$ 150 milhões ao Portus (fundo de previdência complementar dos portuários), até dezembro, mais de 25 mil pessoas — entre funcionários ativos, pensionistas e dependentes — poderão ficar sem o benefício do 13º salário. O alerta é do presidente da União Nacional das Associações dos Participantes do Portus (Unapportus), Vilson Balthar. “Sinceramente, acho que o governo não vai deixar isso acontecer. Não estamos pedindo favor. Esse é um dinheiro que ele (governo) nos deve”, afirmou.

Os R$ 150 milhões são parte de R$ 400 milhões autorizados, em 2008, pelo presidente, à época, Luiz Inácio Lula da Silva. Mas só chegaram ao cofres do Portus R$ 250 milhões até agora. O dinheiro, segundo Balthar, era só para dar um fôlego ao plano. Na verdade, o total das dívidas da União é de R$ 4 bilhões, se somados os débitos de contribuições normais, que não vêm sendo feitas, e de reserva técnica do serviço anterior (RTSA) das instituições patrocinadoras (companhias docas de vários estados) e da retirada de patrocínio da Portobrás (extinta em 1990 sem o devido repasse de contribuição ao fundo).

Enquanto o dinheiro não vem, o Portus é obrigado a vender imóveis para pagar benefícios. O patrimônio está acabando. Com o objetivo de  pressionar o governo, no próximo dia 8  integrantes do fundo participarão de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado para debater alternativas. O requerimento para a audiência foi apresentado pelo presidente da comissão, senador Paulo Paim (PT-RS), a pedido do presidente da Federação Nacional dos Portuários (FNP), Eduardo Guterra.

Fonte: Correio Braziliense