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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Portuários repudiam privatização da gestão e exigem que o governo cumpra Convenção 137


Reunidos em plenária realizada em Brasília nesta terça-feira (30), portuários decidiram encaminhar documento a Casa Civil para exigir que o governo federal cumpra a Convenção 137 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qual o Brasil é signatário, e inclua os trabalhadores nas discussões das medidas que serão anunciadas para os portos.

A Plenária reuniu dirigentes sindicais filiados a três federações portuárias, Federação Nacional dos Portuários (FNP), Federação dos Avulsos (Fencconvib) e a Federação dos Estivadores (FNE).  As discussões do evento serão encaminhadas a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffman.

De acordo com a Convenção 137 da OIT, os trabalhadores devem ser ouvidos sobre as mudanças que venham a repercutir sobre a atividade portuária e normas de trabalho, a fim de garantir a manutenção da renda dos postos de trabalho.   

O Presidente da Federação Nacional dos Portuários (FNP), Eduardo Guterra, defensor da gestão pública para os portos brasileiros, explica que a categoria receia que as medidas ditas como regulatórias prejudiquem os trabalhadores. “Entregar a administração dos portos à iniciativa privada, além de precariza as relações de trabalho, resulta em adotar no Brasil modelo diferente dos portos mais modernos do mundo”, disse Guterra.

A categoria critica a permissão, dada pelo governo, para que os terminais de uso privativo executem operações portuárias incluindo trabalhos a bordo das embarcações sem utilizar portuários reconhecidos como tal e registrados no Órgão Gestores de Mão de Obra (Ogmo), outra afronta a Convenção 137 da OIT.

Em setembro, a FNP, FNE e Fencconvib denunciaram o descumprimento da convenção a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O documento a ser encaminhado a ministra contém a proposta dos trabalhadores para os portos e uma advertência de que os portuários farão greve caso o governo federal insista em  excluir a categoria das discussões para o setor.

Por Adriana de Araújo, assessora de comunicação da FNP


     Planária conjunta da FNP, Fencconvib e FNE