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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Após acidente, Sindicato afirma que já havia alertado para riscos no Porto de Itajaí

Há seis meses, um contêiner se desprendeu e caiu sobre um trabalhador


O presidente do Sindicato dos Arrumadores do Porto de Itajaí, Ricardo Alexandre de Freitas, afirma que já havia alertado sobre o risco que os trabalhadores estavam correndo. Neste domingo, Marcos José Belleti, 48 anos morreu ao ser atingido por um contêiner, durante o descarregamento de um navio. No momento do acidente, ele fazia a conferência de lacres e sua presença não teria sido percebida pelo operador do guindaste que movimentava a carga.

Segundo Ricardo, a iluminação do porto é insuficiente para garantir a segurança:


— Chegamos a fazer uma operação padrão há um mês para exigir melhorias. Os trabalhadores têm coletes refletivos. Se houvesse luz suficiente, o operador do guindaste teria visto o conferente e o acidente poderia ter sido evitado.


Ele diz, ainda, que outro acidente de trabalho durante a operação de descarregamento de navios já tinha sido registrado há seis meses. Freitas afirma que uma peça que une os contêineres se desprendeu e caiu sobre um trabalhador.


— Ele teve lesões sérias e ficou vários dias no UTI. Já pedimos que os trabalhadores não sejam mais obrigados a ficar embaixo dos portêineres (guindastes).


A Intersindical Portuária também já havia se manifestado pedindo providências em relação à iluminação do Porto de Itajaí. O presidente da entidade, Laerte Miranda Filho, disse que, em março, foi entregue uma denúncia ao Ministério Público do Trabalho.


— A falta de luminosidade gera muitos problemas, principalmente para quem trabalha de madrugada. Já sabíamos que poderia acontecer um acidente — afirma Filho.


A morte de Belleti será investigada pela Polícia Civil de Itajaí. Imagens das câmeras de segurança do porto deverão ser solicitadas para esclarecer o que aconteceu.Superintendência analisará causas de acidente.


A Superintendência do Porto de Itajaí vai fazer uma reunião para analisar as circunstâncias do acidente que vitimou o conferente marcos José Belleti. O objetivo é identificar possíveis falhas na operação.Quanto à luminosidade na área dos berços de atracação, o superintendente Antônio Ayres dos Santos disse que não tem nenhum levantamento recente.


Segundo ele, havia questionamentos quanto à falta de luz por causa da altura dos empilhamentos de contêineres, que causava sombras. Mas a situação já teria sido resolvida.A APM Terminals informou, por meio de assessoria de imprensa, que a empresa obedece normas internacionais de segurança e que as causas do acidente serão investigadas.


Fonte: Diário Catarinense
Fonte: Diário Catarinense/Dagmara Spautz

Santa Catarina inaugura novo terminal portuário

Santa Catarina começa a operar nesta semana seu sexto porto, forçando a concorrência com Paranaguá e Antonina, no Paraná, e consolidando seu perfil portuário. O porto de Itapoá, no litoral Norte do estado, é tocado pela iniciativa privada e tem foco na exportação de cargas em contêineres. Por causa de sua localização, deve atrair parte das empresas paranaenses que hoje exportam e importam via Paranaguá, que fica especialmente congestionado na época da safra de grãos.


Itapoá terá capacidade inicial para movimentar cerca de 300 mil contêineres por ano - pouco mais da metade do que passa pelo porto de Itajaí, o maior do estado. “Paranaguá evoluiu muito, mas o problema lá é o excesso de mercadorias”, afirma o presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins.


Segundo ele, o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP, também da iniciativa privada) - uma das unidades do porto de Paranaguá - tem boa estrutura, mas sofre com o excesso de demanda. O TCP já se prepara para a concorrência e vai investir R$ 180 milhões para ampliar em 70% a capacidade de movimentação de contêineres. As obras dependem de licença ambiental, mas o plano é concluí-las até o fim de 2012.


Itapoá também coloca em dúvida o modelo de investimento público no setor portuário. “A iniciativa privada é mais competitiva. É melhor negociar com eles”, afirma Martins. Para Silvio dos Santos, consultor do Laboratório de Transportes da Universidade Federal de Santa Catarina, a diferença é que a iniciativa privada “tem urgência”.Provocado pela expansão do estado vizinho, o governo do Paraná pretende estimular o investimento privado no setor portuário, e está discutindo uma nova lei de parcerias público-privadas.


“O empresariado hoje tem recursos e quer investir”, afirma o secretário de infraestrutura do Paraná, José Richa Filho. Para ele, conseguir recursos do Tesouro estadual é difícil devido à concorrência com outras áreas.

Fonte: Jornal do Comércio - RS