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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Mídia busca falsear luta das Centrais com relação ao Salário Mínimo, buscando atrelar CUT ao Governo e dividir o movimento.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Central ligada ao PT deixa o plenário da Casa no momento tenso da discussão do mínimo e agora quer corrigir o IR.

Após se ausentar do plenário da Câmara na quarta-feira, no momento mais intenso do debate sobre o reajuste do salário mínimo, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) anuncia que sua tarefa imediata agora será a correção da tabela do Imposto de Renda. "Nós estamos falando em uma correção de 6,47%, enquanto o governo quer ficar em 4,5%", diz o presidente da maior central sindical do País, Artur Henrique.

"A diferença é que nosso cálculo é feito pela inflação passada, que correu o salário do trabalhador, enquanto eles falam na meta", explica. "Pedimos uma audiência com o ministro Gilberto Carvalho para discutir o assunto, o mais rápido possível."

A respeito da ausência na CUT na votação na Câmara, Henrique afirma que não quis participar da "armação" montada pelo PSDB e o DEM em torno do assunto, com a participação do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), que é ligado à Força Sindical, a segundo maior central brasileira: "A CUT se manteve coerente do início do processo até o final, defendendo a proposta de R$ 580. Houve negociações em torno disso, mas na hora eles chegaram dizendo que não era nada disso, que iam manter a proposta de R$ 600."

Indagado se não sentia nenhum constrangimento em relação ao discurso do deputado Vicentinho (PT-SP), ex-metalúrgico e ex-presidente da CUT, que defendeu o ponto de vista do governo e o reajuste de R$ 545, Henrique respondeu: "Vicentinho é deputado, integra o partido e a base do governo. Isso não tem nada a ver com a CUT. Para mim é um absurdo ainda ver por aí confusões entre Estado, partido, governo e sindicato."

Tanto nas entrevistas quanto no seu site, a CUT adotou ontem um discurso de tom vitorioso. Em nota à imprensa, Henrique disse que o mais importante do episódio é a aprovação pelo Congresso da política de valorização do salário mínimo: "Essa aprovação é uma inegável vitória da classe trabalhadora. Por todas as previsões, em 2012 o salário deve chegar a R$ 620."



CUT - Escrito por Artur Henrique, presidente



A política de valorização do salário mínimo foi finalmente aprovada pelo Congresso e terá validade garantida até 2015. Essa aprovação é uma inegável vitória da classe trabalhadora. Por todas as previsões, em 2012 o salário mínimo deve chegar a R$ 620 e, nos anos seguintes, continuar crescendo com significativos aumentos acima da inflação.

Apesar de não ter sido aprovado o valor de R$ 580 para 2011, que a CUT defendeu até o final, a garantia da política de valorização permanente é um resultado importante que deve ser destacado. A correção da tabela do imposto de renda também, como veremos adiante.

A política do salário mínimo foi elaborada em 2007 como consequência da mobilização e da pressão do movimento sindical, e de sua capacidade de negociação. É resultado de quatro grandes marchas a Brasília, imaginadas, convocadas e organizadas pela CUT, que reuniram milhares de trabalhadores de todas as categorias e setores – nossa Central chegou a reunir mais de 50 mil cutistas em nome dessa reivindicação em uma única marcha. As demais centrais, sensíveis à importância do tema, somaram-se à iniciativa da CUT.

Mesmo antes da votação realizada ontem na Câmara dos Deputados, os resultados positivos dessa luta já se faziam sentir. Os aumentos reais que têm se sucedido conferiram ao salário mínimo o maior poder de compra das últimas duas décadas. O aumento real acumulado nos últimos oito anos é de 53%.

Como termo de comparação, basta lembrar que o salário mínimo, em 1995, comprava menos de meia cesta básica. Nos valores em vigor até janeiro deste ano, comprava duas cestas básicas. Tomando como referência o novo mínimo de R$ 545 e o mais recente custo da cesta básica auferido pelo DIEESE (RS 261,25), o poder de compra supera as duas cestas básicas.

Apesar de tantas evidências, os deputados e senadores não haviam ainda aprovado a política de valorização do salário mínimo. Pior: a oposição, ontem, através de emenda, propôs acabar com a política de valorização permanente do salário mínimo. Até então, os aumentos só viravam realidade porque o governo editava todo o ano uma medida provisória. Agora, com a aprovação pelo Congresso, os aumentos baseados na fórmula %PIB + INPC vão ocorrer sem sobressaltos nem hipocrisias e demagogia.

A política de valorização é uma conquista do papel mobilizador e negociador da CUT e representa a maior campanha salarial do mundo, beneficiando 47 milhões de pessoas que dependem direta ou indiretamente do salário mínimo

Correção da tabela do imposto de renda

Nossa luta recente, da qual a votação de ontem foi um episódio, conquistou o compromisso do governo federal de que a tabela do imposto de renda será novamente corrigida. O compromisso do governo é público, documentado.

O que reivindicamos é a correção da tabela para 2011 em 6,47%, que foi o índice de inflação do ano passado, a corroer os salários dos trabalhadores. Para 2012 até 2015, vamos negociar qual será o índice.

Esta é outra vitória neste capítulo da luta.

Política permanente de valorização das aposentadorias

Este assunto, a criação de uma política permanente de valorização das aposentadorias, vinha sendo tratado como um tabu. Nunca conseguimos arrancar um compromisso oficial de governo de que isso ia acontecer.

Conseguimos agora essa vitória.

O governo garante que será criada uma mesa de negociação, com a participação das centrais, das entidades representativas dos aposentados e de um grupo de ministros para elaborarmos uma fórmula de longo prazo que garanta a valorização permanente do poder de compra das aposentadorias acima de um salário mínimo. Vamos cobrar também, além dos aumentos dos benefícios, uma política integrada de acesso a medicamentos, transportes e outros itens indispensáveis à vida dos aposentados e aposentadas.

Mirando o futuro, temos o que comemorar.



Conclusão

A CUT é a protagonista desta que é a maior campanha salarial do mundo. Esta conquista é resultado de uma ação iniciada pela CUT a partir da iniciativa e da organização de importantes sindicatos de sua base e de um processo de mobilização liderado pela Central.



A CUT nada fez baseada em ações de marketing ou pirotecnias de um ou outro dirigente e sim, de acordo com sua tradição democrática e com suas ligações verdadeiras com os sindicatos de base, teve a iniciativa – realmente pioneira – de assumir o papel de negociadora de uma campanha salarial que interessa a todos os brasileiros, mesmo quem não ganha salário mínimo e quem não é sindicalizado.

A decisão de ontem votada na Câmara irá beneficiar 47 milhões de pessoas que recebem o salário mínimo, entre trabalhadores formais e informais e beneficiários da Previdência. Portanto, esta valorização deve também se estender aos aposentados e deve ir além da correção do Mínimo, com políticas públicas compensatórias, como medicamentos etc.
Essas conquistas são fruto da capacidade de mobilização cutista, da organização de seus sindicatos e do poder de interlocução da central com a sociedade. A CUT tem convicção de que a unidade da classe trabalhadora se faz de forma organizada, com mobilização e negociação. Para a CUT, o maior reconhecimento é ter credibilidade, que parte do respeito e da confiança da base, e leva à legitimidade nas negociações com governo e empresários nos assuntos de interesse da classe trabalhadora.


Fonte: CUT
Autor: Redação
Data: 20/2/2011

PEQUENO CRESCIMENTO DO DESEMPREGO

1. As informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED mostram que, em janeiro, o total de desempregados no conjunto das sete regiões onde a pesquisa é realizada foi estimado em 2.291 mil pessoas, 57 mil a mais do que no mês anterior. A taxa de desemprego total cresceu ligeiramente, ao passar de 10,1%, em dezembro, para os atuais 10,4%. Segundo suas componentes, esse comportamento foi resultado da elevação da taxa de desemprego aberto (de 7,2% para 7,6%), uma vez que a de desemprego oculto (2,8%) não variou. A taxa de participação reduziu-se de 60,5% para 60,1%, no período em análise.

2. Em janeiro, o nível de ocupação reduziu-se em 0,8%. A eliminação de 165 mil postos de trabalho, diante da saída de 108 mil pessoas da População Economicamente Ativa, elevou o número de desempregados em 57 mil pessoas. O total de ocupados nas sete regiões investigadas foi estimado em 19.785 mil pessoas e a PEA, em 22.076 mil.

3. A taxa de desemprego total apresentou comportamento diferenciado entre as regiões pesquisadas: elevou-se em Recife, Belo Horizonte e São Paulo, manteve-se relativamente estável em Fortaleza, Porto Alegre e Salvador e decresceu ligeiramente no Distrito Federal.

4. O nível de ocupação diminuiu em Recife (1,8%), São Paulo (1,1%) e, em menor medida, em Salvador (0,6%) e Belo Horizonte (0,6%) e permaneceu em relativa estabilidade em Fortaleza (-0,3%) Porto Alegre (-0,1%) e no Distrito Federal (0,2%).

5. No conjunto das regiões, o nível ocupacional reduziu-se nos Serviços (121 mil ocupações, ou 1,1%), na Indústria (32 mil ocupações, ou 1,0%), na Construção Civil (28 mil, ou 2,1%) e no agregado Outros Setores (19 mil, ou 1,2%). Apenas no Comércio houve crescimento do nível de ocupação (35 mil, ou 1,1%).

6. Segundo posição na ocupação, o número de assalariados decresceu 0,6%. No segmento privado, o pequeno crescimento do assalariamento com carteira de trabalho assinada (0,5%) contrastou com a retração dos sem carteira (3,4%). Também se retraíram os contingentes de autônomos (0,8%), de empregados domésticos (0,9%) e dos classificados nas demais posições ocupacionais (2,9%).

7. Em dezembro, no conjunto das regiões pesquisadas, houve pequena redução dos rendimentos médios reais de ocupados (0,4%) e assalariados (0,6%), que passaram a ser estimados em R$ 1.389 e R$ 1.425, respectivamente.

8. O rendimento médio real dos ocupados aumentou em Fortaleza (1,3%, passando a valer R$ 876) e Salvador (1,2%, ou R$ 1.096), manteve-se em relativa estabilidade no Distrito Federal (0,2%, ou R$ 2.106) e reduziu-se em Belo Horizonte (2,1%, ou R$ 1.335) e, em menor proporção, em Porto Alegre (0,6%, ou R$ 1.364), Recife (0,5%, R$ 937) e São Paulo (0,5%, R$ 1.528).

9. No conjunto das regiões pesquisadas, as massas de rendimentos dos ocupados e dos assalariados permaneceram relativamente estáveis (0,3%). Em ambos os casos, esse desempenho refletiu pequenos acréscimos do nível de ocupação e variações negativas do rendimento médio real.

COMPORTAMENTO EM 12 MESES

OCUPAÇÃO APRESENTA MESMO RITMO DE CRESCIMENTO

10. Entre janeiro de 2010 e de 2011, no conjunto das regiões pesquisadas, o nível de ocupação elevou-se em 3,6%, mesma variação do mês anterior, nessa base de comparação. Nesse período, foram criadas 684 mil ocupações, número superior ao da entrada de pessoas no mercado de trabalho (279 mil), o que resultou na retração do contingente de desempregados em 405 mil pessoas. A taxa de participação recuou ligeiramente, ao passar de 60,4% para 60,1%, no período em análise.

11. O nível de ocupação cresceu em quase todas as regiões pesquisadas: Salvador (7,2%), Recife (6,9%), Porto Alegre (5,2%), Fortaleza (5,0%), São Paulo (3,6%) e Distrito Federal (1,3%). Pelo terceiro mês consecutivo, a exceção foi Belo Horizonte, onde houve redução de 2,3%.

12. Em termos setoriais, no conjunto das regiões, o nível de ocupação aumentou nos Serviços (383 mil postos de trabalho, ou 3,7%), no Comércio (160 mil, ou 5,1%), na Indústria (146 mil, ou 5,0%) e na Construção Civil (99 mil, ou 8,3%) e diminuiu no agregado Outros Setores (104 mil ocupações, ou 6,4%).

13. Segundo posição na ocupação, o assalariamento total elevou-se em 6,4%. O crescimento no segmento privado resultou da ampliação do número de empregados com carteira de trabalho assinada (9,3%), que mais que compensou a redução do contingente sem carteira (3,6%). Também aumentou o número de pessoas classificadas nas demais posições ocupacionais (4,0%), mas diminuíram os contingentes de empregados domésticos (5,5%) e autônomos (3,0%).

14. A taxa de desemprego total, no conjunto das regiões pesquisadas, diminuiu de 12,4%, em janeiro de 2010, para os atuais 10,4%. Segundo suas componentes, reduziram-se as taxas de desemprego aberto (de 8,3% para 7,6%) e oculto (de 4,1% para 2,8%), no mesmo período.

15. A taxa de desemprego total retraiu-se em todas as regiões pesquisadas, com maior intensidade nas de Recife, Salvador e Porto Alegre.

16. Entre dezembro de 2009 e de 2010, no conjunto das sete regiões, o rendimento médio real cresceu 7,8% para os ocupados e 4,2% para os assalariados. Regionalmente, o rendimento dos ocupados elevou-se em Recife (12,6%), São Paulo (11,0%), Distrito Federal (8,4%), Fortaleza (5,3%), Salvador (4,7%) e Porto Alegre (3,5%). Em Belo Horizonte, o rendimento médio praticamente não variou (-0,1%).
17. Para o conjunto das regiões pesquisadas, as massas de rendimentos de ocupados e assalariados cresceram 11,8% e 11,6%, respectivamente. Em ambos os casos, como reflexo de aumentos do nível de ocupação e do rendimento médio.

Fonte: Dieese
Autor: Assessoria de Comunicação

Dilma prevê que mínimo deve chegar a R$ 616 em 2012

28/02/2011 11:45

A presidente Dilma Rousseff prevê que o salário mínimo deve chegar a R$ 616 em 2012, um aumento de 13% em relação aos R$ 545 que começam a vigorar amanhã. O cálculo, feito por Dilma no programa semanal de rádio Café com a Presidenta, que foi ao ar hoje, leva em consideração um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de cerca de 7% em 2010 mais a inflação de 2011. Ela disse considerar esse reajuste "um ganho real importante" para o trabalhador.

No programa de hoje, Dilma defendeu mecanismo aprovado no Congresso de aumento do salário mínimo até 2015. O cálculo do valor continua o mesmo (inflação mais crescimento do PIB de dois anos anteriores), mas o acréscimo passa a ser definido por decreto, sem a necessidade de passar por votação no Congresso. De acordo com a presidente, agora "todos sabem de antemão" quais são os critérios usados pelo governo para o reajuste.

"O principal é que agora temos uma lei que dá segurança e estabilidade para o trabalhador e para a trabalhadora que ganha um salário mínimo", afirmou. Para Dilma, "é preciso garantir que o salário mínimo não perca o valor" e, além disso, deve aumentar o poder de compra do trabalhador. "O que nós queremos é continuar a valorização do salário mínimo para gerar riquezas e para fazer a roda da economia girar com vigor. Porque o salário mínimo tem impacto direto na vida das pessoas e na economia do País. Isso significa mais comida na mesa, uma vida melhor para muita gente, e mais dinheiro circulando", disse.


Fonte: atarde on line

Porto registra aumento de 3,7% na movimentação de janeiro

De A Tribuna On-line

O Porto de Santos registrou incremento de 3,7% na movimentação de cargas em janeiro último, em comparação ao mesmo período de 2010. Ao todo, foram operadas 6,317 milhões de toneladas de mercadorias. No mesmo período do ano passado, foram 6.089.904 de toneladas. A previsão da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o complexo santista, é que sejam movimentadas 101,5 milhões de toneladas em 2011. Em 2010, foram 96 milhões de toneladas.

De acordo com balanço da estatal divulgado nesta segunda-feira, do total transportado, 3,586 milhões de toneladas (56,7%) foram enviadas ao exterior. Em relação a janeiro de 2010, o número demonstra uma leve queda de 5,7%, influenciada principalmente pela movimentação de açúcar 21,3% menor. Apesar disso, o açúcar se destacou como sendo a carga com maior participação na tonelagem de exportações (18% ou 649.187 toneladas).

Segundo a Codesp, outros produtos, da lista de exportados, também registraram crescimento significativo: o milho, que cresceu 17,9% e obteve recorde histórico, com o embarque de 555.518 toneladas; os sucos cítricos, com aumento de 36,9%; a gasolina, com 40% e o café em grãos, com 43,9%.

Nas importações, houve um incrementio de 43,3%, totalizando 2.731.380 toneladas. O crescimento da compra de insumos industriais e agrícolas indica investimentos crescentes nas duas áreas no Brasil. O adubo, produto de maior participação em tonelagem nas importações (313.523 toneladas), cresceu 247,2%. Já a amônia, 99,2%. No caso dos insumos industriais, a recepção de carvão aumentou em 99,2%; de minério de ferro, 118% e de GLP, 46,6%.

A movimentação de contêineres também cresceu 14,2% em janeiro, passando de 190.141 teus (unidade e quivalente a um contêiner de 20 pés) para 217.210 teus. O volume reafirma a tendência internacional de conteinerização das cargas. Conforme destacou a Docas, os números de cofres sugerem que, mesmo após as festas de fim de ano, a demanda por produtos de alto valor agregado continua consistente.

Em relação à balança comercial brasileira, o Porto contribuiu com a movimentação de US$ 7,2 bilhões em mercadorias, que representam 24% da soma de exportações e importações, em valores monetários. Foram US$ 3,9 bilhões em produtos importados movimentados pelo complexo, vindos principalmente da China, Estados Unidos e Alemanha. A carga exportada somou US$ 3,3 bilhões, destinada principalmente aos Estados Unidos, aos Países Baixos e à Argentina.



Cid planeja inaugurar 67 obras neste semestre

Noticiário cotidiano - Portos e Logística
Seg, 28 de Fevereiro de 2011 06:48

A maior parte do montante, R$ 700 milhões, será aplicada apenas em projetos no Porto do Pecém


Pacote com 67 obras, envolvendo recursos estaduais e federais da ordem de R$ 1,1 bilhão, do qual R$ 700 milhões estão sendo aplicados somente no Porto do Pecém, começa a sair do papel a partir de março próximo. O calendário de inaugurações, que pode chegar a 100 ações até o fim de junho deste ano, foi anunciado no início da noite de ontem, pelo governador Cid Gomes, após o primeiro dia de avaliação do Monitoramento de Ações e Projetos prioritários (Mapp), realizado na residência oficial do governador.

Em sua maioria, são escolas e obras de construção e reformas de estradas estaduais e vicinais no interior cearense, devendo a primeira, a que liga Paramoti a General Sampaio, ser inaugurada na próxima terça-feira, dia 1º de março. Entre as de maior expressão econômica e que envolvem o maior volume de recursos, estão os berços 1 e 2, a ponte, o quebra mar e o bloco de utilidades e serviços (BUS) do Porto do Pecém.

No rol de ações a serem deflagradas, estão algumas que há vários anos vêm sendo esperadas pelos cearenses, como a renovação do termo de compromisso entre o governo do Estado e a Petrobras para instalação da refinaria de petróleo Premium II, marcada para 3 de maio. Nesta mesma data, será transferido à Estatal petrolífera o terreno de 1.934, 3 hectares, para a implantação do empreendimento, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém.

Fonte: Diário do Nordeste (CE)/CARLOS EUGÊNIO

Logística a reboque do desenvolvimento

Noticiário cotidiano - Portos e Logística
Seg, 28 de Fevereiro de 2011 06:22

Consolidação de Suape como hub port aumenta demanda por serviços logísticos, gerando empregos

Imagine Suape daqui a cinco anos. Vamos estar produzindo navios, fabricando automóveis, refinando petróleo e produzindo insumos petroquímicos. ´Algo impensável até pouco tempo atrás`, escrevemos na abertura da primeira matéria desta série, no dia 30 de janeiro. Agora imagine o fluxo intenso de cargas que tudo isso deverá gerar. Vamos saltar de 9 milhões de toneladas, em 2010, para 48 milhões em 2016. Entre as atividades de apoio, talvez a de logística seja a mais importante nesse contexto e é justamente esse segmento que vamos abordar nesta quinta e última matéria da série.

Nenhum complexo industrial portuário sobrevive sem uma boa infraestrutura logística. Além de uma plataforma multimodal de transporte, que inclua pelo menos os modais rodoviário e ferroviário para escoar a carga que chega ou sai pela via marítima, é necessário ter empresas que cuidem do planejamento e do controle do fluxo e da armazenagem dos produtos. Suape já possui um pequeno polo de empresas que dão algum suporte junto à zona primária. Mas isso é só o início.

Com a consolidação de Suape como um porto concentrador de carga (hub port) para as regiões Norte/Nordeste, a demanda por serviços logísticos, acredite, vai bombar. A localização geográfica é mais do que privilegiada - quatro capitais a um raio de 300 quilômetros e outras três em um raio de 800 quilômetros. Uma área que concentra 90% do Produto Interno Bruto (PIB) da região Nordeste.

´A logística está sempre a reboque do desenvolvimento. Qualquer movimento importante de investimento aumenta o fluxo demateriais e consequentemente a demanda por serviços logísticos. É isso que está acontecendo agora em Suape`, diz Edson Carillo, diretor da Associação Brasileira de Logística (Aslog).

Segundo Carillo, como não há profissionais suficientemente qualificados no mercado, muitas vezes é preciso ´adaptar` trabalhadores para atuar nas áreas técnica e gerencial. As empresas costumam contratar administradores de empresas e engenheiros, especialmente de produção, com pós-graduação na área de logística.

No nível básico, os trabalhadores são disputados com a indústria da construção civil. Quem tem alguma experiência, sai na frente. É o caso de Gilson José da Silva, 27 anos, conferente na Widrose há sete meses. Antes, foi auxiliar de manutenção por cinco anos no Tecon Suape, empresa que faz carga/descarga e armazenagem de carga geral e contêineres.

´Não é difícil arranjar emprego, principalmente para quem tem experiência. Ter conhecimento (contatos) também ajuda`, diz Gilson, que possui ensino médio completo e mora no Engenho Mercês, vizinho ao porto. A mudança de emprego também significou aumento de salário, de R$ 678 para R$ 900.

A Windrose começou com agenciamento martítimo e há cinco anos ingressou no ramo logístico. Hoje, movimenta cerca de 200 contêineres/mês. Em Pernambuco são 75 funcionários, 12 deles admitidos em apenas uma semana. ´Com a movimentação de carga crescente, existe a perspectiva de contratarmos mais gente. E temos a preocupação de dar prioridade à mão de obra local, apesar de pouco qualificada`, afirma o gerente de operações Pedro de Macedo.

Será necessário, portanto, fazer um esforço para qualificar os pernambucanos. O diretor técnico do Senai-PE, Uaci Matias, reconhece que a entidade precisar dar um upgrade no seu curso de logística para poder atender à expansão desse segmento no estado. ´Pernambuco está avançando para uma logística expandida e extremamente sofisticada. Precisamos acompanhar esse ritmo`, conclui.

Fonte: Diário de Pernambuco(PE)/Micheline Batista