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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sem navios no cais, estivadores de Ilhéus sobrevivem fazendo bicos

Os 140 estivadores que trabalham no Porto de Ilhéus, na Bahia, estão cansados de ficar sem trabalhar e pedem providências às autoridades do setor para trazer navios de volta ao que já foi considerado um dos portos mais promissores do Nordeste, em especial na época áurea do cacau. Para o presidente do Sindicato dos Estivadores de Ilhéus, Emmerson Gomes Tavares, a situação é inadmissível.

“Estamos com a demanda reduzida quase a zero, ou melhor, está em zero mesmo. Há três meses não vemos um navio chegar aqui com serviço para todo mundo e os estivadores estão sofrendo com isso. São 140 homens que só ganham quando tem carga e precisam fazer bicos e arranjar trabalho em qualquer canto para viver. Só assim conseguem ganhar dinheiro. Se dependessem do porto, estariam pobres”.

Tavares reconhece que o período de ouro de Ilhéus ficou para trás, mas pede aos políticos uma explicação suficientemente digna para entender o motivo de as coisas sempre serem mais difíceis para quem trabalha no Sul da Bahia. Enquanto isso não ocorre e várias perguntas ficam sem resposta, as especulações e boatos tomam conta do cais, em vez das cargas.

“Perdemos o cacau, mas 1 milhão de toneladas de soja eram escoadas por ano via Ilhéus. De 2007 para cá, essa carga começou a sumir, foi aos poucos indo parar em um terminal privativo. Agora, o governador e empresários inauguraram juntos o Porto de Cotegipe. Pura coincidência, não acha?”, questiona, ironicamente, para completar. “Desse jeito, fica complicado lutar por nossos direitos”.

O representante dos estivadores faz uma pequena lista do que Ilhéus precisa para voltar a funcionar. “Dragagem emergencial e melhores condições logísticas. Assim a gente pode voltar a trabalhar”.

Reportagem Bruno Rios - PortoGente

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