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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Cais mais fundo para manter competitividade


Brasil Econômico - São Paulo/SP




O fôlego da economia brasileira, aliado ao aumento dos preços dos combustíveis de navios de transporte e à logística adotada internacionalmente pedem uma medida profunda: que os cais dos portos do país sejam dragados.

A ação é necessária para que eles possam receber os modernos Post Panamax Plus, navios porta-contêineres de última geração.

Eles são adotados no comércio naval mundial pois conseguem transportar mais carga do que seus antecessores e, assim, garantem mais lucro, ou menos prejuízo, aos armadores, que não repassam o custo do aumento do combustível ao preço do frete.

Do Porto de Recife foram retirados cerca de 2,1 milhões de metros cúbicos de terra, ao custo de R$ 25,1 milhões - pagos pelos cofres públicos - para adaptar seu calado às necessidades atuais.

Trata-se da primeira obra já pronta do Plano Nacional de Dragagem (PND), que cria portos centralizadores e distribuidores de carga, conhecidos como hubports.

O setor portuário considera o PND uma das iniciativas mais importantes dos últimos tempos, ainda que tenha levado cerca de três anos para que as obras previstas se iniciassem.

Para se ter uma ideia, a Secretaria Especial de Portos calcula que Santos perca uma receita anual de US$ 860 milhões por não ter ainda um cais mais profundo.

O planejamento do PND prevê que 17 dos principais portos do país sejam dragados. O custo será de cerca de R$ 1,5 bilhão.

Mas não é somente a adequação do calado que resolverá a questão do transporte de mercadorias pelos portos.

Em Santos, por exemplo, o acesso terrestre de outras cidades aos terminais portuários necessita de providências urgentes. Em todos os portos é preciso reduzir o custo das operações em 40%.

Se o Brasil realmente quer se inserir de forma consistente no mercado global e participar de suas estratégias, precisa resolver os gargalos existentes no transporte de carga internacional.

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