sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Presidente da FNP, Eduardo Guterra, fala ao PortoGente sobre as reinvidicações do Manifesto de apoio a Dilma.
Portuários querem discutir com Dilma valorização do trabalho nos portos
Hoje, existem quase 50 mil trabalhadores atuando nos portos brasileiros, entre 23 mil avulsos, funcionários das administrações portuárias e empregados de terminais privativos. Mas a tendência, admite o presidente da Federação Nacional dos Portuários (FNP), Eduardo Lírio Guterra, é a redução desse número na medida em que o embarque e desembarque das cargas se derem em contêineres e com a introdução de novos equipamentos com tecnologias avançadas.
Por isso, em manifesto de apoio a então candidata Dilma Rousseff, uma semana antes da eleição do segundo turno, os portuários do País apresentaram algumas reivindicações, uma delas é a valorização do trabalhador portuário para fazer frente à automatização das atividades nos portos.
“O número de emprego vai mudar. A questão é estrutural. Novos equipamentos modernos são introduzidos, as rotinas de armazenamento e movimentação da carga são alteradas e a tendência mundial é cada vez mais a carga ser embarcada e desembarcada no contêiner. Com a conteinerização o serviço fica cada vez mais mecanizado”, observa o sindicalista, acrescentando que não tem dúvida de que se terão mais trabalhadores qualificados e treinados para uma operação nova.
Guterra observa, ainda, que o trabalhador que utiliza mais o esforço físico no porto ficará restrito à produção sazonal, como é o caso do açúcar, citando especificamente a grande movimentação da commodity no Porto de Santos. “Mas a tendência é que tenhamos as máquinas trabalhando com mais rapidez e substituindo o homem. E aí vem o nosso desafio, por isso colocamos no apoio à Dilma a valorização do trabalhador portuário”.
Matéria Publicada no site PortoGente- Sindical.
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