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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Trabalhadores em Transportes aprovam Pauta Unificada para fortalecer as lutas



Os encaminhamentos foram aprovados no Seminário Nacional da CNTT-CUT.

Um dos convidados do Seminário Nacional “Transportando o Desenvolvimento e a Inclusão Social” da CNTT-CUT, realizado na sede da Contag em Brasília, foi o deputado federal do PT-SP, Vicente Paulo da Silva (Vicentinho) que participou no segundo dia, 27, e socializou com os dirigentes seus projetos de lei que beneficiam os trabalhadores em transportes. Alguns deles são o que regulamentam a profissão agente de bordo – em Sorocaba os rodoviários conquistaram a contratação destes trabalhadores nas linhas de ônibus da cidade -- e a jornada semanal de trabalho dos caminhoneiros. Outros temas abordados foram as normas e procedimentos do Ministério do Trabalho e Emprego no que referem ao registro sindical e à atualização de cadastro, que foram apresentadas pelos assessores da Secretaria Nacional de Organização da CUT. Logo após as apresentações, os dirigentes debateram as principais propostas para fortalecer as lutas dos trabalhadores em transportes de todo o País.

Na sua exposição, o presidente do SINA-CUT, Francisco Lemos, elogiou a CNTT pela iniciativa de promover um Seminário com todos os sindicatos filiados e disse que “quando os aeroportuários fazem uma paralisação ela ganha destaque com o apoio e solidariedade dos rodoviários”. O sindicalista ficou irritado com as matérias veiculadas pela grande imprensa sobre a ameaça de privatização dos aeroportos brasileiros. “Esta é mais uma tentativa de golpe da imprensa neoliberal que deseja que apenas a classe média e alta tenham acesso ao transporte aéreo. Eles batem na tecla de que os nossos aeroportos são precários e não tem infraestrutura. Isso não é verdade. Os nossos aeroportos têm infraestrutura, no entanto, não são utilizados adequadamente”, frisa.

Lemos ainda questionou que se a privatização realmente fosse boa, por que mais de 80% dos aeroportos no mundo são públicos, um exemplo claro são os Estados Unidos, onde todos os aeroportos são 100% públicos.
O presidente do SINA-CUT disse que com vinda da Copa do Mundo ao Brasil a aviação está crescendo ao ritmo de 20% ao ano e os desafios dos trabalhadores estão no seguinte tripé: resgatar a satisfação do usuário; garantir a participação ampla dos trabalhadores nas decisões governamentais e o Estado tem que assumir o seu papel. O diretor do SINA e Secretário de Comunicação e Imprensa da CNTT, Célio Barros, também participou dos debates.


Bandeiras de lutas
O Secretário de Combate à Discriminação Racial da CNTT-CUT e diretor do Sindicato dos Ferroviários do Rio de Janeiro, Walmir de Lemos (Índio) manifestou preocupação com as concessões das linhas ferroviárias para a iniciativa privada e citou que a privatização da Transnordestina acarretou na demissão de cerca de 100 trabalhadores. Ele também disse que as privatizações nas linhas de trens que aconteceram no Estado do Rio apenas pioraram ainda mais o transporte diário. “A meta era atender mais de 1 milhão de passageiros, mas hoje são atendidas de forma precária cerca de 500 mil por dia. Faltam investimentos e as condições de trabalho dos funcionários são ruins”, explicou.




O diretor do Sindviários e Secretário Nacional da Juventude da CNTT, Alfredo Colletti, destacou a relevância do trabalho dos trabalhadores viários (conhecidos em São Paulo como marronzinhos) e salientou que a sua função não se limita à aplicação de multas. “O sistema viário no trânsito existe há 30 anos. Nos últimos anos por incompetência dos governos que não souberam projetar as vias, as principais conseqüências foram o aumento drástico do trânsito nas capitais. Isso é reflexo da ausência de um sistema de transporte de qualidade. O trânsito piorou de 1992 para cá e o rodízio não resolveu o problema. Estima-se que seis milhões de carros trafegam diariamente em São Paulo, no entanto, deste total, 2,5 milhões circulam com algum problema. É preciso construir um novo sistema eficiente para o transporte coletivo”, explicou.

O dirigente colocou como proposta de luta da CNTT-CUT a regulamentação do adicional de pericolosidade, que hoje atingiria 100% dos trabalhadores de todo o Brasil. O Secretário Nacional de Administração/Finanças da CNTT-CUT, Deladier Nunes de Alencar, e dirigente da Federação Norte/Nordeste enfatizou as principais reivindicações da categoria rodoviária cutista. Ele citou, como exemplos de lutas, a redução da Jornada de Trabalho, sem redução no Salário (a proposta é que a jornada diária seja de 6h para motoristas, cobradores e para trabalhadores das áreas administrativas); a regularização da profissão do cobrador; o retorno da aposentadoria especial para o motorista; o combate às linhas clandestinas/cooperativas e a realização de um debate sobre as licitações interestaduais. “Há 20 anos estamos debatendo a importância da regularização da profissão do cobrador. Precisamos combater os clandestinos que não pagam impostos e também não pagam os direitos dos trabalhadores”, salientou.
O vice-presidente da CNTT-CUT e presidente da Federação Nacional dos Portuários (FNP), Eduardo Guterra, elogiou a Direção da CNTT, em especial o presidente Paulinho, pela iniciativa de trazer a sede da Confederação para Brasília. “Defendemos que a gestão dos portos brasileiros seja profissional. Tem que acabar com a politicagem de nomeações de cargos dentro das empresas públicas. Precisamos de uma gestão séria e profissional para vencer estes obstáculos. Também é fundamental exigirmos contrapartidas sociais, como a manutenção dos empregos, das estatais/empresas que utilizam verbas públicas para investir nos portos”, finalizou.

Acesso a galeria de imagens do Seminário no nosso flickr
http://www.flickr.com/photos/cnttcut


Fonte: CNTT



Viviane Barbosa, editora do Portal da CNTT-CUT



com imagens de Marcelo Lima







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