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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Candidaturas de Dilma e Serra são oficializadas

Convenções partidárias nacionais oficializaram como candidatos, no final de semana, os dois nomes à presidência da República que lideram as pesquisas. José Serra (PSDB), no sábado, e Dilma Rousseff (PT), ontem, foram confirmados por seus partidos na disputa ao Palácio do Planalto.

Dilma disse que vai dar continuidade às políticas adotadas durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas "com alma e coração de mulher". "Não é por acaso que depois desse grande homem o nosso Brasil possa ser governado por uma mulher. Que vai continuar o Brasil de Lula, mas com alma e coração de mulher", afirmou a petista, em discurso que encerrou a convenção nacional do PT.

No lançamento da candidatura tucana, Serra fez seu pronunciamento mais duro desde o início da campanha, acusando o governo de "montar um esquadrão de militantes pagos com dinheiro público". Na festa, que reuniu cerca de 8 mil pessoas em um clube de Salvador, o tucano disse que "essa patota corporativa" exerce uma "patrulha de ideias" para intimidar a oposição. "Não tenho esquemas, não tenho máquinas oficiais, não tenho patotas corporativas, não tenho padrinhos, não tenho esquadrões de militantes pagos com dinheiro público", discursou.

As falas dos candidatos à presidência deram o tom da campanha eleitoral. Ambos apontaram para a mudança, inclusive, no slogan. Dilma prega que o País deve continuar mudando, através de sua gestão, que dará continuidade ao governo Lula. Serra critica o petista e defende alterações que possibilitem avanços - O Brasil pode mais é a sua chamada.

Em discurso de 50 minutos, Dilma buscou rebater críticas dos adversários de que sua campanha divide o País ao defender uma eleição plebiscitária em que a população vai avaliar os governos de Lula e de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). "Vamos debater em alto nível e mostrar que somos diferentes dos outros candidatos, mas depois de eleitos vamos governar para todos os brasileiros", afirmou.

Sem citar o PSDB, ela atacou governos anteriores que, segundo ela, governaram para apenas um terço da população. "O tabu mais importante que derrubamos foi o de que era impossível governar para todos. Historicamente, quase todos os governantes brasileiros governaram para um terço da população. Para muitos deles, o resto era peso, estorvo e carga."

Dilma também listou prioridades de seu eventual governo. Defendeu investimentos em saúde, educação e infraestrutura. Na educação, disse que vai criar creches e investir no Ensino Técnico e no Ensino Superior.
Também defendeu investimentos na saúde: "Nossas prioridades no financiamento adequado e estável para o sistema, valorização das práticas preventivas, garantindo atendimento básico, ambulatorial e hospitalar de alta resolutividade em todos os estados."

O presidente Lula falou antes de Dilma e avaliou que as chances de vitória da candidata, ex-ministra de seu governo, são "totais ou quase absolutas". Ele pediu, porém, que os petistas não fiquem de salto alto. Também disse que as denúncias de que a campanha petista produz dossiês contra figuras do PSDB é "jogo rasteiro". E criticou a imprensa pelo episódio: "É importante começar a ver o tratamento que vai ser dado (à candidata petista pela imprensa)".

José Serra fez críticas a Lula, a quem comparou a Luís XIV (1638-1715), rei da França no auge do regime absolutista e autor da máxima O Estado sou eu. "Luís XIV achava que o Estado era ele. Nas democracias e no Brasil, não há lugar para luíses assim."

Embora não tenha citado diretamente a montagem do grupo para a produção de dossiês, Serra criticou o "uso maciço do aparelho e das finanças do Estado". "Num regime democrático, (a oposição) jamais deve ser intimidada e sofrer tentativa de aniquilação pelo uso maciço do aparelho e das finanças do Estado."

Sem citar Dilma, Serra fez referências a ela. Disse, por exemplo, que não tem mal-entendido com o passado, numa alusão sutil à participação da petista em movimentos de guerrilha.

O tucano também a desafiou para o debate ao afirmar que não se pode representar o povo sem se submeter ao julgamento do próprio povo. Serra chegou a usar a expressão "neocorruptos" para quem comete deslize moral sob o argumento de que os outros também o praticam; mencionou o mensalão, ponto mais vulnerável da era Lula, e acusou o governo de ataques a órgãos fiscalizadores.

Criticou ainda a política externa do governo: "Não devemos elogiar continuamente ditadores em todos os cantos do planeta, só porque são aliados eventuais do partido de governo". A relação do governo com os movimentos sindicais também foi objeto de ataques. "Organizações pelegas e sustentadas com dinheiro público devem ser vistas como de fato são: anomalias."

Um dos oradores da convenção, o ex-governador de Minas Aécio Neves (PSDB), destacou que não se deve desdenhar a democracia e que o País não precisa de "messias". Reunidos em Salvador, os líderes de PSDB, DEM, PPS e PTB estiveram presentes na festa tucana. Sem vice, a convenção delegou à executiva do partido a escolha do companheiro de chapa de Serra.

Fonte: portogente

PMDB nacional homologa Michel Temer como candidato a vice-presidente da República


Em uma convenção que destoou do histórico de confrontos físicos e jurídicos de ocasiões anteriores, o PMDB oficializou no sábado, por ampla margem, o nome do presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (SP), como candidato a vice na chapa presidencial de Dilma Rousseff (PT).

Ao todo, 473 peemedebistas votaram na convenção nacional do partido, sendo que 560 votos aprovaram a indicação de Temer (84% do total). A candidatura própria, do ex-governador Roberto Requião (PR), recebeu 95 votos. A do jornalista Antonio Pedreira, quatro. A diferença ocorre porque, a depender da função, o voto de alguns peemedebistas vale mais do que um.

Ladeado pelos peemedebistas José Sarney (AP), Renan Calheiros (AL) e Jader Barbalho (PA), Temer, que é presidente do partido, afirmou em discurso, antes do resultado, que o PMDB "não será coadjuvante", mas "ator principal" em caso de vitória.

"O PMDB será protagonista, não vai chegar apenas com a vice-presidência, porque atrás do PMDB está o maior exército político eleitoral do País", apontou Temer.

É a primeira vez que PT e PMDB se coligam para uma disputa presidencial. A aliança proporcionará a Dilma o maior tempo na propaganda de rádio e TV, que começa na segunda quinzena de agosto.
Apesar do resultado, Temer expressou sua contrariedade a aliados porque pretendia ter sido aclamado - o que não ocorreu pelos pleitos de Requião e Pedreira. O ex-governador do Paraná deixou a convenção pouco antes de Temer chegar, bem antes do anúncio do resultado.

"O partido está cabresteado", havia reclamado, em sua fala. A posição de candidatura própria também foi defendida pelo senador gaúcho Pedro Simon. O encontro ocorreu no centro de convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.

Fonte: Jornal do Comércio - RS

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